sábado, maio 29, 2010

Xeque-mate

(50cm x 40cm)


A linha do horizonte dita o fim do asfalto do xadrez.
Sou uma peça do tabuleiro.
Tentei fugir à jogada da maçã, ataquei, recuei, mas acabei sempre por me deparar com ela. Em cada momento foi, lentamente, degustada. Jogo estranho este… deu-me a ilusão de conhecer as regras do jogo, mas sempre foi a maçã quem decidiu o meu caminho. Fez xeque-mate ao jogo da vida.

2 comentários:

Ilda Teixeira disse...

Estive ausente...cheguei e vim ver a "história" desta Maçã... Eis que a encontro com o seu interior exposto...as entranhas remexidas, bem à beira do tabuleiro de xadrez...O horizonte, azul como é hábito, confunde o tom celeste com as águas revoltas do mar imenso... Uma forma diferente de nos revelar a Maçã, mas como é habitual, ELA surge como elemento preponderante, dando cor à tela branca, que se quer manchada de tintas...Obrigada por mais um trabalho expressivo. Vindo aqui, olho o horizonte e afasto aquelas nuvens cinzentas que teimam em tapar o SOL...Beijo

Anónimo disse...

Também eu, por vezes, me sinto derrotada. Sinto-me a asfixiar, a afogar, a ser engolida pela vida. De nada serve espernear, esbracejar, tentar manter à tona de água... acabamos por ser vencidos pelo cansaço de tanto lutar. Nem tudo é mau. Durante a demanda há momentos de puro prazer e deleite, que nos fazem olvidar o esforço de seguir à letra o argumento da peça de teatro que nos escreveram.
...:::...Brisas Marinhas...:::...