quinta-feira, setembro 12, 2013

Persuadida da Razão

(70cm X 50cm)
 Acordo com a minha alma seca tão seca que penso que ela morreu. Com saudade, relembro-me dos teus lábios dourados, do teu corpo encostado ao meu, da companheira afável, que tu és… e, neste meu quarto repleto de espelhos, pego num cigarro e fico à conversa com eles. Pergunto: que pó branco andei a ingerir que em vez de me levar ao jardim do éden, me largou num túnel escuro sem saída. Indago os espelhos onde foi que errei. Não me respondem. E tu, persuadida de razão, carregas o dedo que aponta em todas as direcções…