segunda-feira, julho 24, 2006

RUA ESQUECIDA

(60cm X 50cm)

E o lenço do nevoeiro já não enxuga as lágrimas das pedras que lá continuam, embora esquecidas. No passado elevada a rainha (romana), no presente uma solitária, no futuro...no futuro será o que nós fizermos dela. Por isto, tal como o meu "amigo" Ivan Fiedoruk, eu afirmo, subscrevendo as palavras dele: "Eu sou um dos últimos de uma geração quase extinta, que não via muita diferença entre o que você faz e quem você é, quando as luzes se apagam. Menosprezo as fraquezas dos meus amigos e escolho os meus idolos entre os meus inimigos."

domingo, julho 23, 2006

RASCUNHO


Hoje fiquei surpreendido comigo mesmo, quando uma velha amiga veio ter ao meu encontro, com este esboço, que para mim não passou de uns simples traços, mas que para ela era tão valioso como uma grande obra de arte. É bem certo que, as coisas mais importantes da nossa vida, por vezes são pequenos traços, aos quais não damos valor e que mais tarde nos enchem de felicidade e admiração por nós próprios. Ao olhar para o que se passou, sinto que pinto coisas ruins e crio e destruo mundos todos os dias...

domingo, julho 16, 2006

OBSERVAÇÂO-CEREBRAL-EXPERIMENTAL-INFORMAL

(150cm x 250cm)

Após umas férias "Zen", volto a reabrir esta galeria de telas e traços, cuja lógica é o limite da imaginação. Já passou o tempo do coelhinho e do Europeu, embora só tenhamos recebido os ovos na batalha travada com os gauleses. Sinto-me como aquele fulano que acordou de coma após 19 anos e que no final das contas nada perdeu...a única coisa que mudou foram as folhas do calendário. A rotina e as vontades são as mesmas. A derradeira conclusão é mesmo esta...Por mais que durmas, tudo muda ao ponto de ficar igual!!!


A observação não passa de um elemento mágico, que se encontra num súbito olhar. Todos nós temos zonas cinzentas, mas só duas coisas interessam e estão acima de tudo: A procura do prazer e a liberdade. É por isso que eu abumino as coisas do alheio...Todos os problemas são dificeis de resolver, mas é sempre possivel encontrar uma solução, fazendo o contrário do que esperavam que fizessemos.
Sempre observador e contemplativo, fui tomando conta de tudo, olhando pelo ângulo do espelho e do sentimento, observando seres, coisas e objectos inanimados em meu redor. Tudo é útil como fonte de inspiração: Alegria, sofrimento, solidão, coragem, medos, homens, mulheres, crianças, astros, animais, cidades, natureza, vento, mar, sonhos? Enfim...não há criação no vazio nem um olhar das coisas semelhante em cada um de nós...tudo é relativo e subjectivo.